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Eu já esperava morrer a cada página... E foi mais delicado do que eu esperava que fosse ser.

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Se no mundo inteiro existir uma pessoa que compreende a estranha June essa pessoa é seu tio Finn. Socialmente deslocada, distante da irmã, e com conflitos internos, June se depara em uma situação difícil de lidar: seu tio morreu de AIDS.

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Sem seu confidente, e emocionalmente distante da família June descobre um fato que não sabia sobre a vida do tio: ele era gay e tinha um namorado que a família odeia.

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June está de frente com algo que era tão sutil que ela não percebia mas agora que Finn está morto e não precisa mais de filtros: a família é totalmente homofóbica.

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A minha vontade era de fechar os punhos, abrir os braços, fechar os olhos e rodar igual uma bayblade nessa família. Os discursos de ódio tanto escrachado quanto velado me davam agonia.

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O livro se passa na década de 80 onde não existia tanta liberdade como hoje. Mas o fato da família proibir o namorado de ir ao velório foi o cúmulo.

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June junto com Toby (o namorado do tio) vão aprender mais sobre quem são depois da perda da pessoa que ambos amavam nesse mundo.

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Mesmo com a família desaprovando totalmente o convivio com o "amigo do seu tio" como eles dizem, June vai poder através de Toby ter mais momentos com a pessoa que mais a entendia nesse mundo.

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Diga Aos Lobos Que Estou Em Casa é o romance de estreia de Carol Rifka Brunt e nos entrega muita dor, amor, a verdade nua de uma sociedade preconceituosa, nos mostra a força da amizade de uma forma delicada e apaixonante de como lidar com a perda de alguém querido, além de mostrar sutilmente que na maioria das vezes a falta de amor já começa dentro da sua própria casa.

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Se quer mais detalhes sobre essa resenha, vai estar disponível lá no blog. (LINK NA BIO)

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